Brasil estará entre a liderança do mercado solar global até 2026, aponta estudo internacional

Brasil estará entre a liderança do mercado solar global até 2026, aponta estudo internacional

O Brasil está em posição de destaque mundial em relação à energia solar. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), foram adicionados no país quase 14 GW de potência no acumulado dos últimos 12 meses, fazendo com que fosse superada a marca de 35 GW de capacidade instalada em energia solar, somando os segmentos de GD (geração distribuída) e de GC (geração centralizada).

O estudo Global Market Outlook For Solar Power 2022-2026, relatório global da Solar Power Europe, sinalizou que o Brasil, líder na implementação da fonte na América Latina, deve se tornar um dos principais mercados globais nos próximos anos, podendo atingir 54 GW de capacidade total até 2026. O relatório aponta que o setor deve alcançar a marca de 2.3 TW de sistemas solares em operação no mundo até 2025, ou seja, em aproximadamente dois anos.

O levantamento foi coordenado pela SolarPower Europe, associação europeia do setor solar, contando com a participação e co-autoria da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A entidade foi responsável por dois capítulos do documento: um que apresenta o panorama e perspectivas da fonte na América Latina e outro especificamente dedicado ao mercado no Brasil.

“Compreender as vantagens da energia solar tanto em relação à economia quanto à sustentabilidade e respeito ao meio ambiente é crucial para a sociedade. Essa é a fonte de energia que mais gera empregos no mundo, além de ser uma das fontes energéticas mais estratégicas para acelerar o desenvolvimento sustentável do nosso país”, ressalta o CEO da companhia Elétron Energy, André Cavalcanti. A empresa, com sede em Pernambuco e filiais em diversas capitais brasileiras, planeja investir R$ 1,6 bilhão em novos parques de geração solar nos próximos anos.

Como está a energia solar no Brasil?

Atualmente, o Brasil conta com mais de 18 mil empreendimentos instalados em território nacional, capazes de produzir uma potência de 10,3 Gigawatts na geração fotovoltaica centralizada, conforme dados do Ministério de Minas e Energia (MME). O país tem intenções de realizar projetos voltados para energia solar até 2032. São projetos para acrescentar cerca de 37,1 GW com investimentos de mais de R$115 bilhões nos próximos anos.

Ainda de acordo com a pasta, a expansão da capacidade instalada da matriz elétrica foi de 7 GW entre janeiro e agosto de 2023. Desse total, 6,2 GW têm origem nas fontes solar e eólica. Na série histórica, este ano apresentou o maior aumento da geração solar e o segundo maior incremento na energia eólica.

As fontes renováveis compreendem 83,79% de toda a matriz elétrica do Brasil, uma referência internacional em energia limpa. A nova configuração da geração no Brasil modificou os intercâmbios entre estados e regiões, proporcionando maior diversidade de soluções de suprimento. Juntas, as energias eólica e solar são as fontes de eletricidade de menor custo, comparando com a produção de eletricidade a partir de outros recursos.

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Fonte: www.osetoreletrico.com.br