Você já ouviu falar nas boas práticas de segurança?

Você já ouviu falar nas boas práticas de segurança?

Autor: Eng° Eletricista Tagout – João Marcio Tosmann*

Uma das atividades mais difíceis e também mais importantes dentro de uma empresa é a prevenção de acidentes de trabalho por meio de boas práticas de segurança. Todos os dias ouvimos relatos de acidentes, principalmente em ambientes industriais. Essas ocorrências, sejam grandes ou pequenas, envolvem pessoas – que são os mais importantes recursos para qualquer negócio.

Promover a saúde, a segurança e o bem-estar dos funcionários não é apenas lei, mas também um investimento a longo prazo em seu negócio. A boa notícia é que isso pode ser feito com ações implantadas diariamente na rotina da empresa, envolvendo empregados e empregadores e que irão promover as boas práticas de segurança.

Saiba mais sobre os pilares da segurança do trabalho!

# 1 – Avaliar constantemente as situações de risco

Por mais que se faça a prevenção, as condições de trabalho podem mudar ao longo dos anos ou em algumas situações diversas. Por isso, é sempre importante que todos os envolvidos em uma determinada atividade trabalhem para evitar acidentes. Assim que uma situação de risco é identificada em sua rotina, é papel do trabalhador informar à gerência, que deve tomar todas as medidas cabíveis

Qualquer atividade produtiva tem em si um risco em potencial, mas que não necessariamente vá causar um acidente. Por isso, é importante que haja o domínio sobre todas as potenciais situações de acidentes existentes na empresa, para que sejam sanadas com rapidez. Os recursos mais utilizados para evitar acidentes no ambiente ocupacional são os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), que devem ser prioridade entre as medidas previstas pelas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs).

Isso porque os EPCs oferecem proteção completa contra os riscos coletivos existentes em uma atividade: em forma de barreiras, bloqueios, sinalizações e outros. Entre os principais EPCs estão os cones e faixas de segurança, as placas de sinalização, os sensores de presença, as sirenes e os alertas luminosos, os cadeados e as garras de bloqueio.

# 2 – Garantir o uso de ferramentas e equipamentos adequados

As ferramentas utilizadas pelos funcionários no dia a dia também precisam ser regularmente avaliadas. Elas devem funcionar normalmente sem causar danos à saúde de quem as manipula. Quando necessário, essas ferramentas devem ser encaminhadas para reparos ou substituição.

Também é fundamental o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de acordo com a atividade desempenhada pelo trabalhador. São requisitos muito importantes e seu uso deve ser exigido, tanto pelo trabalhador como pelo empregador, para evitar acidentes. Entre os mais comuns estão luvas, protetores auriculares, capacetes, botas, entre outros.

# 3 – Oferecer treinamento e capacitação

Entre as medidas administrativas exigidas pela NR-12, uma das normas mais relevantes para o ambiente industrial, está a obrigatoriedade dos treinamentos periódicos dos funcionários a fim de que sejam repassados todos os procedimentos internos para garantia da segurança das atividades. O objetivo é educar os trabalhadores sobre as atitudes preventivas que todos devem ter para reduzir os riscos durante as atividades realizadas nas indústrias.

Outras ações incluem as conversas diárias (Diálogo Diário de Segurança – DDS), palestras e discussões para deixar a equipe sempre preparada, além de ações que podem ser promovidas pela CIPA, como a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho (Sipat).

# 4 – Criar um canal de comunicação direta

Para envolver todos os trabalhadores é preciso garantir um canal direto de comunicação sobre saúde e segurança ocupacional. O diálogo com o trabalhador deve ser próximo e, para isso, o gestor precisa ser uma pessoa acessível, preparada para tirar dúvidas, dar orientações e feedbacks. A comunicação na empresa também pode incluir um telefone ou e-mail para dúvidas, reclamações ou sugestões, bem como um jornal interno para divulgar ações que estão sendo promovidas pela CIPA e muito mais!

# 5 – Esclarecer sobre a importância das rotinas de segurança

Antes do início das atividades do dia, o colaborador deve ter o conhecimento sobre as condições de segurança do local e dos equipamentos que fará uso. Trata-se da verificação executada pelo próprio trabalhador, mesmo que a atividade desempenhada seja parte de sua rotina. É o “parar para pensar” e não apenas executar.

# 6 – Realizar inspeções de segurança

Muitos acidentes de trabalho ocorrem pela junção de um ou mais fatores. Por isso, as inspeções devem fazer parte da rotina das indústrias continuamente e tudo deve ficar registrado para que as mudanças (preventivas ou corretivas) sejam colocadas em prática e as medidas implantadas sejam fiscalizadas no futuro. Saiba quais tipos de inspeções podem ser indicadas no ambiente de trabalho

Inspeção periódica: ocorre com frequência regular, em data e local previamente agendados. Seu objetivo é identificar condições inseguras que podem ocorrer de forma natural, como o desgaste de peças de máquinas, ferramentas, equipamentos, instalações elétricas e outros materiais utilizados na produção. Algumas destas inspeções são obrigatórias por lei, como as feitas em caldeiras e em extintores de incêndio.

Inspeção especial: somente realizada em situações extraordinárias. Geralmente, este tipo de inspeção requer a presença de profissionais especializados e o uso de aparelhos de teste e medição. Assim, acontecem quando um problema exige uma verificação mais cuidadosa. Um exemplo é a medição de ruídos ambientais.

Inspeção oficial: é aquela feita apenas por órgãos oficiais e empresas de seguro. Neste tipo, são verificadas as documentações, além dos pontos de atenção levantados nas inspeções de rotina.

*Sobre o autor: João Marcio Tosmann é formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM.

Possui experiência em projetos de manutenção industrial e logística em autopeças. Atuou como membro da diretoria do Complexo Industrial Automotivo General Motors (CIAG) e líder de projetos de novos veículos como Celta (General Motors) e EcoSport (Ford). Atualmente é diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem que oferece consultoria, treinamento e elaboração de procedimentos para implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP).

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Fonte: www.osetoreletrico.com.br