27 set VAR e var – A medição da potência reativa (e as outras) em regime não senoidal – parte 2
Na edição anterior ilustramos a evolução dos conceitos, modelos e definições das potências ativas, reativas, aparentes e de distorção em regime não senoidal. Voltamos à IEEE 1459 com algumas outras definições e proposta de modelo de medição tomada em planta industrial com alto conteúdo harmônico de tensão e corrente. No anexo B da IEEE 1459 encontra-se a definição de potência ativa como:
P=P1+PH
- P1 é a Potência ativa fundamental
- PH é a Potência ativa harmônica PH=Σ Ph (h≠1
As medições
As medições elétricas de correntes e tensões, de onde se calculam as potências ativas, reativas, aparentes, além do fator de potência, são definidas pelas normas IEC 61000-3-40, IEC 61000-3-7 e outras normas da série. Os protocolos de medição seguem as definições:
P=Vh1Ih1cos(φ1)+Σ VhnIhncos(n*φ1+φn) n=2 a 50
S=Vrms*Irms
Q2+P2=S2
FP=P/S
Nota: considera-se que os protocolos de medição para fins de faturamento seguem os critérios do INMETRO que possuem formulação específica.
Uma medição em planta industrial com alto conteúdo harmônico de corrente e próximo do limítrofe em tensão efetuada com um instrumento classe A, conforme IEC 61000-3-40, apresentou os resultados ilustrados nos gráficos das figuras de 1 a 6, identificadas com as variáveis medidas:
As conclusões dos resultados apontam para a perda relativa à potência ativa harmônica da ordem de 1% da potência ativa total com medição no secundário do transformador. Por outro lado, a potência reativa harmônica é da ordem de 8% da potência reativa total, caracterizando a impossibilidade de corrigir o fator de potência total à 100% sem mitigação das harmônicas. O assunto voltará a ser tratado nas próximas edições.
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Fonte: www.osetoreletrico.com.br