Raios: como não ficar no prejuízo?

Raios: como não ficar no prejuízo?

Dispositivo no quadro elétrico evita a queima de aparelhos

Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Seja verdade ou mito, basta que ele caia uma só vez para causar danos irreparáveis ao patrimônio e lamentavelmente à vida das pessoas.

Segundo o Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2019 da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), foram registrados 38 acidentes fatais causados por raios em 2018.

Outro efeito indesejado das descargas atmosféricas é o prejuízo com a queima de equipamentos eletroeletrônicos. Mesmo quando o raio não atinge diretamente a residência, ele pode ser conduzido pela rede de distribuição de energia e de telecomunicações.

As condições geográficas não nos favorecem: segundo o Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica), vinculado ao Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Brasil é o campeão mundial em incidência de raios por ser o maior país da zona tropical do mundo – são quase 80 milhões de raios por ano.

Diante de um cenário tão adverso, a revisão permanente das instalações elétricas é essencial, de modo que a residência esteja preparada a tempo do verão, quando o índice de chuvas e raios aumenta consideravelmente.

A revisão permanente das instalações elétricas por um profissional eletricista capacitado vai prever a aplicação ou avaliar o correto funcionamento de dispositivos e soluções que podem evitar danos ao patrimônio causados por descargas atmosféricas”, explica Lucas Machado, engenheiro eletricista da STECK Indústria Elétrica.

As soluções para proteção de residências, na verdade, são previstas em normas técnicas obrigatórias elaboradas pela ABNT. Além de um sistema de aterramento, as normas preveem a instalação do DPS (Dispositivo de Proteção contra Surtos) no quadro de energia.

O DPS tem como função detectar surtos na rede elétrica causados geralmente por descargas atmosféricas, mas que também podem ocorrer em manobras de rede das concessionárias de energia”, explica Ricardo Martuchi, engenheiro de desenvolvimento de produtos da STECK. “Ao detectar uma anormalidade na rede, o DPS desvia o excedente para o sistema de aterramento, evitando que o surto danifique os aparelhos”, completa.

Existem três classes de DPS, sendo a classe II destinado a proteção contra surtos elétricos provenientes por descargas atmosféricas indiretas, ou seja, que ocorrem próxima à edificação ou às linhas de transmissão. Nesta classe, os dispositivos são capazes de suportar diferentes correntes máximas de descarga e são instalados geralmente nos quadros de distribuição.

“É importante estar atento à vida útil do DPS. A verificação dos dispositivos da STECK, por exemplo, é feita por meio de bandeirolas, onde a cor verde indica ‘estado normal de uso’ e a vermelha ‘final de sua vida útil’, sinalizando a necessidade de substituí-lo. Busque sempre auxílio com profissionais eletricistas capacitados para revisão e manutenção das instalações”, finaliza Machado.

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Fonte: www.osetoreletrico.com.br