O Brazil Wind Power e a energia do futuro

O Brazil Wind Power e a energia do futuro

Tecnologias disruptivas, choque de demanda de energia, carros elétricos, baterias, parques híbridos, Indústria 4.0, desafios e mais desafios. Estas são palavras cada vez mais frequentes nas discussões do setor elétrico, considerando as grandes mudanças que esperamos ver num futuro nem tão distante assim. Por isso, preparamos a grade de discussões do Brazil Wind Power 2018 com a preocupação de discutirmos exatamente este futuro que chega cada vez mais rápido e que vai significar profundas mudanças no setor elétrico brasileiro. Uma das discussões mais interessantes e importantes que vamos ter está relacionada com a quarta revolução industrial e o que estamos chamando também de Wind 4.0, uma nova fase da indústria eólica que deverá responder às demandas deste futuro cheio de novidades na forma de gerar, consumir e distribuir energia.

Acreditamos que governo, empresas, associações e sociedade civil precisam discutir tal futuro em profundidade e temos muitas perguntas a enfrentar. Que mudanças regulatórias serão necessárias? Que novas tecnologias serão utilizadas no setor? Estamos preparados para o choque de demanda que se avizinha como, por exemplo, os veículos elétricos? São muitos os desafios e precisamos de todos engajados! A diversidade de saberes e de opiniões será fundamental para este futuro inovador.

 

Com tantas perguntas para enfrentar, é importante destacar que não há dúvidas em relação a uma coisa: a crescente demanda de energia tem que ser atendida com geração de fontes renováveis. E a energia eólica tem grande destaque neste futuro, tanto a onshore como a offshore.  De acordo com o Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind Energy Council – GWEC), mais de 52 GW de energia eólica limpa e livre de emissões foram adicionadas em 2017, levando o total de instalações a 539 GW globalmente. Além disso, com novos recordes estabelecidos na Europa, na Índia e no setor offshore, os mercados retomarão um crescimento rápido após 2018, analisa o GWEC, frisando que a energia eólica está liderando a mudança na transição para longe dos combustíveis fósseis e continua a impressionar em competitividade, desempenho e confiabiliade.

 

No Brasil, a fonte eólica tem mostrado um crescimento consistente, passando de menos de 1 GW em 2010 para 13,4 GW em agosto de 2018, abastecendo cerca de 67 milhões de pessoas, população maior que a da região Nordeste (mais de 57 milhões de pessoas). O Brasil passou do 15º lugar no Ranking de Capacidade Instalada de energia eólica em 2012 para a 8ª posição no ano passado (dado GWEC). Importante ainda mencionar que, no ano passado, a BNEF – Bloomberg New Energy Finance estimou o investimento do setor eólico no Brasil em US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4 bilhões), representando 58% dos investimentos realizados em renováveis no País (eólica, solar,  biomassa, biocombustíveis e resíduos, PCH e outros). Considerando o período de 2010 a 2017, o investimento já passa dos US$ 30 bilhões.

 

A história da energia eólica no Brasil, país que tem um dos melhores ventos do mundo, é, portanto, de muito sucesso e de consolidada eficiência. Temos certeza que estes bons ventos estarão também neste futuro tão inovador para o setor elétrico.

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Fonte: www.osetoreletrico.com.br