21 fev CIGRE-Brasil reforça, por meio da Next Generation Network (NGN), o papel dos jovens no setor elétrico
Em um mundo marcado por disrupções em diferentes segmentos econômicos, com as tecnologias se sucedendo em uma velocidade inimaginável há poucas décadas, o jovem profissional se transformou em um componente ainda mais essencial nas engrenagens econômicas que movem o mundo adiante. No setor elétrico, em especial, a necessidade de se atrair e capacitar o jovem profissional ganha maior intensidade e importância. O segmento passa por transformações estruturais e tecnológicas importantes, ao mesmo tempo em que ganha protagonismo inédito na guinada que o planeta vem desenvolvendo, por meio da transição energética, para evitar que as mudanças climáticas atinjam um ponto sem volta.
Com o objetivo de contribuir para atender a essa demanda, o CIGRE-Brasil, um importante think tank que busca oferecer suporte para o desenvolvimento do setor elétrico, conta com a Next Generation Network (NGN), uma rede formada por jovens profissionais com até 35 anos de idade, que tem como missão prover capacitação para a atuação no setor eletroenergético. Essa iniciativa abrange a oferta de recursos técnicos e espaços para desenvolvimento pessoal e profissional, além de facilitar o networking.
O CIGRE-Brasil tem consciência de que não basta a formação e a capacitação, é preciso estabelecer pontes entre as gerações de profissionais para que ocorra a troca de experiências e de conhecimento. O aproveitamento do conhecimento e experiências acumulados em muitas décadas de atuação no setor eletroenergético poderá encurtar caminhos e abrir novas frentes para que continuemos a evoluir na luta contra o agravamento do aquecimento global.
Em 2023, no Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (SNPTEE), um dos mais importantes eventos do setor, mais uma vez foi realizada uma seção exclusiva da NGN, que serviu como ambiente privilegiado para compartilhamento de ideias, pesquisas e insights dos jovens profissionais com especialistas do setor. Esse foi um exemplo de como essa iniciativa pretende integrar as novas gerações às discussões envolvendo o futuro do setor eletroenergético, que está, como sabemos, intimamente entrelaçado com o destino do planeta.
A importância do papel do jovem nessas mudanças já despertou o interesse da Agência Internacional para as Energia Renováveis (Irena, na sigla em inglês), que vem adotando há alguns anos iniciativas para envolver as novas gerações nas discussões envolvendo a transição energética e o cumprimento das metas climáticas. Para a agência, o engajamento de jovens lideranças na transição energética é considerada um ponto essencial para o enfrentamento do desafio do aquecimento global.
O desafio de levar adiante a transição energética envolverá o esforço de várias gerações, demandando a atração e formação de profissionais capacitados para atuar em projetos abrangendo as novas tecnologias desenvolvidas no setor elétrico, como o hidrogênio verde, e com outras que venham a surgir daqui para frente. Se a transição energética for conduzida como recomendam os cientistas reunidos sob o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) e conseguirmos zerar as emissões até 2050, o aquecimento global poderá se estabilizar no meio do século. São os nossos descendentes, portanto, que irão conferir se as entregas realizadas nessa frente serão suficientes para evitar um cenário climático dantesco.
Um relatório produzido pelo Boston Consulting Group (BCG) deu a medida desse desafio. O levantamento apontou a escassez de mão de obra qualificada como fator capaz de colocar em risco as metas climáticas estabelecidas pela Organização das Nações Unidades (ONU), com a possibilidade de ocorrer uma escassez global de 7 milhões de trabalhadores qualificados para atuar em projetos voltados para a transição energética. A empresa de consultoria também destaca a necessidade de uma cooperação global nos campos da educação e da formação profissional, especialmente no Hemisfério Sul, onde são registradas taxas de desemprego mais elevadas.
O CIGRE-Brasil espera contribuir para que, no país, a importante renovação do capital humano se dê de forma eficiente, contribuindo tanto para o desenvolvimento e evolução do setor, como para o desenvolvimento da necessária transição energética.
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Fonte: www.osetoreletrico.com.br