Casa dos Ventos adquire 445,2 MW em turbinas eólicas da Vestas

Casa dos Ventos adquire 445,2 MW em turbinas eólicas da Vestas

Acordo representa maior contrato da história da fabricante dinamarquesa no Brasil

A Casa dos Ventos, uma das pioneiras e maiores investidoras no desenvolvimento de projetos eólicos no país, firmou com a Vestas, líder mundial na fabricação de aerogeradores, contrato para fornecimento de 106 turbinas eólicas V150-4.2 MW para o complexo Rio do Vento, localizado no Rio Grande do Norte. Além do fornecimento dos aerogeradores, a Vestas será responsável pela prestação de serviço de O&M dos equipamentos por 20 anos na modalidade disponibilidade de energia – AOM5000.

As naceles serão produzidas na fábrica da Vestas no Ceará, enquanto que as pás e torres também serão produzidas localmente de acordo com as regras do FINAME II do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). O projeto eleva o número de pedidos da Vestas para a V150-4.2 MW no Brasil para 1.508 MW apenas oito meses após a empresa ter anunciado planos para produzir o modelo da turbina no Ceará.

Este é o segundo acordo entre Casa dos Ventos e Vestas em menos de um ano, totalizando 596,4 MW em contratos assinados. Em 2018, as empresas firmaram 151 MW em 36 turbinas do mesmo modelo para o complexo de Folha Larga, localizado na Bahia. Este é o maior contrato da fabricante dinamarquesa desde o início de suas operações no Brasil e, também, o maior acordo de fornecimento de aerogeradores já firmado pela desenvolvedora brasileira.

“O recurso eólico em Rio do Vento é extremamente diferenciado e está entre os melhores do mundo. Isso exigiu que buscássemos a melhor tecnologia disponível para o projeto e estamos convictos que a solução da Vestas nos permite extrair o máximo de energia desta região”, afirma Lucas Araripe, diretor de novos negócios da Casa dos Ventos.

O modelo V150-4.2 MW é um das soluções mais modernas e eficientes da empresa dinamarquesa.

“Estamos muito orgulhosos de termos sido escolhidos para um projeto tão importante. É o maior pedido já recebido pela Vestas no Brasil e também o que nos permitiu atingir 1,5 GW para este modelo. A nossa plataforma comprova sua capacidade de prover um LCoE (Levelized Cost of Energy) mais competitivo, bem como o seu ajuste perfeito para o perfil do vento no Brasil”, explica Rogério Zampronha, presidente da Vestas no Brasil e LATAM Sul. “Isso é fundamental para trazer segurança para os negócios. E para o Rio do Vento, a V150-4.2 MW será fornecida com torres projetadas especificamente para o perfil de vento da região”, avalia.

O projeto Rio do Vento se tornará um dos maiores complexos eólicos do mundo e ainda possui capacidade de expansão e hibridização através da inserção de outras fontes. O empreendimento já nasce com 445,2 MW e tem previsão de ser duplicado, alcançando uma capacidade instalada de 950 MW. “Além disto, estamos dimensionando uma usina fotovoltaica para se beneficiar da infraestrutura existente”, adianta o executivo da Casa dos Ventos.

Com investimento de aproximadamente R$ 2,4 bilhões, a primeira fase tem previsão de iniciar operação comercial no segundo semestre de 2021. Em sua total capacidade, o complexo eólico produzirá energia suficiente para abastecer mais de 1 milhão de residências.

Modelo destinado ao mercado livre

Apesar de ainda pouco difundido no Brasil, países como os Estados Unidos e diversos outros da Europa apresentam um grande número de companhias que, gradativamente, vem adquirindo energia renovável para suas operações. Em caráter de pioneirismo, a Casa dos Ventos anunciou este ano através de um projeto na Bahia, o maior contrato de fornecimento de energia de longo prazo de um parque eólico com um consumidor final no Brasil.

Buscando expandir sua atuação neste modelo, a companhia apresenta com Rio do Vento a possibilidade de atender diversos clientes, dada a dimensão do projeto. “As economias de escala oriundas da grandiosidade do empreendimento, aliadas à qualidade do vento da região, tornam a energia deste projeto bastante competitiva para nossos potenciais consumidores”, explica Lucas Araripe.

A viabilização de empreendimentos no ambiente livre tem ganhado representatividade na estratégia da companhia. “Temos buscado customizar soluções e auxiliar grandes empresas a consumirem energia da maneira mais eficiente e sustentável possível. Além do complexo eólico de Rio do Vento, estamos estruturando novas parcerias em função do nosso extenso portfólio de projetos no Nordeste do país”, finaliza.

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Fonte: www.osetoreletrico.com.br