10 set Ação contra as mudanças climáticas na América Latina: BEI e EDPR apoiam o desenvolvimento de energias renováveis no Brasil
- BEI emprestará 150 milhões de euros à EDPR Brasil para financiar usinas de energia solar e eólica
- O acordo irá ajudar o Brasil a cumprir as metas climáticas estabelecidas na COP 21
- Emprego: Serão criados 1900 empregos durante a fase de implementação do projeto
O Banco Europeu de Investimento (BEI) irá emprestar 150 milhões de euros à EDPR Brasil, subsidiária local da EDP Renováveis (EDPR), líder mundial em energias renováveis, para apoiar o desenvolvimento de usinas de energia solar e eólica no Brasil. Este crédito institucional irá contribuir para fomentar o plano de negócios da empresa no País, onde está presente desde a última década e onde a carteira de projetos permitirá à EDPR produzir cerca de 1,8 TWh por ano de energia limpa até 2023.
Graças ao apoio do BEI, o Brasil será capaz de reduzir as suas emissões de CO2, acelerando a transição para uma matriz energética mais limpa, em consonância com os objetivos ambientais definidos na COP 21. Além disso, a construção das usinas eólicas e solares irá impactar positivamente a economia brasileira, reduzindo os custos de importação de energia e de combustíveis, melhorando a segurança energética e criando empregos. Os investimentos apoiados pelo BEI vão contribuir para criar 1900 empregos durante a fase de implementação.
Esta operação, prevista no âmbito do fundo para o meio ambiente e para a ação contra as mudanças climáticas (Climate Action and Environmental Facility, CAEF), ilustra mais uma vez os esforços do BEI para financiar ações contra as mudanças climáticas fora da União Europeia, contribuindo para as políticas da UE em matéria de energias renováveis e meio ambiente. Este projeto irá promover a produção de energia limpa e renovável em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas, que garantem o acesso à energia fiável, sustentável e moderna, combatendo simultaneamente as mudanças climáticas (ODS 13).
No evento da assinatura do empréstimo, que ocorreu em Madrid (Espanha), a Vice-Presidente do BEI, Emma Navarro, responsável pelas operações do BEI na América Latina e pela ação do banco contra as mudanças climáticas, afirmou: “as mudanças climáticas são uma das maiores ameaças para o futuro do nosso planeta e precisamos unir esforços para enfrentar esse problema. Hoje, estamos dando um passo muito importante no nosso compromisso de apoiar o crescimento econômico sustentável e inclusivo na América Latina. Graças a este projeto, o BEI está impulsionando a produção de energia solar e eólica no Brasil e, portanto, contribuindo para a luta contra as mudanças climáticas. Apoiar energias limpas e renováveis, ajudando assim a reduzir as emissões de CO2, é uma prioridade fundamental para o BEI no Brasil e em toda a região”.
O CEO da EDPR, João Manso Neto, salientou que “esta linha de crédito irá ajudar-nos a prosseguir a nossa atividade no Brasil, um país no meio de uma transição para uma matriz energética mais amiga do meio ambiente. Além disso, estamos especialmente motivados pelo endosso de uma instituição com o calibre do BEI, uma vez que apoia não só a nossa linha de negócios, como também toda a nossa contribuição para o progresso e desenvolvimento”.
Através deste financiamento, o Banco irá conceder um empréstimo de 150 milhões de euros à EDPR Brasil, que irá posteriormente distribuir os recursos por uma série de usinas solares e eólicas no Brasil. A EDPR pode ainda adquirir dívida sênior a longo prazo de outras instituições financeiras para conseguir todos os recursos necessários para o projeto.
O BEI na América Latina
A UE é o principal parceiro de desenvolvimento na região da América Latina, o seu investidor número um e o segundo maior parceiro comercial. Na sua qualidade de banco europeu, o BEI apoia a relação da UE com a América Latina através do financiamento de projetos que contribuam para os objetivos da política externa da UE: o desenvolvimento de infraestruturas econômicas, ambientais e sociais; desenvolvimento do setor privado; e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
O BEI começou as suas operações na América Latina em 1993. Desde então, o BEI apoiou quase 120 projetos com um financiamento total de cerca de 8,4 bilhões de euros, distribuídos por 14 países diferentes.
Em 2018, o BEI intensificou a sua contribuição para o desenvolvimento sustentável e ação contra as mudanças climáticas na América Latina, concedendo 640 milhões de euros para financiar 15 operações: é o maior número de operações do BEI estruturadas num só ano na região.
Apoio à ação contra as mudanças climáticas
Na sua qualidade de maior fornecedor multilateral de financiamento para projetos de ação contra as mudanças climáticas em todo o mundo, o BEI disponibiliza pelo menos 25% dos seus investimentos para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, pelo menos 35% fora da UE, para apoiar um crescimento com baixa emissão de carbono e resistente ao clima.
Em 2018, o BEI ultrapassou a meta de financiamento climático pelo nono ano consecutivo, com a concessão de 16,2 bilhões de euros para promover a ação contra as mudanças climáticas, o que representa 29% da sua atividade total. A mobilização de financiamento para a ação contra as mudanças climáticas é uma das prioridades do BEI. O seu objetivo é ser líder na mobilização do financiamento necessário para manter o aquecimento global abaixo dos 2°C e limitar o aumento da temperatura em 1,5°C para cumprir os objetivos do Acordo de Paris (COP 21).
O BEI é o maior emissor mundial de obrigações “verdes” e foi o primeiro a fazer uma emissão do género neste mercado.
Projetos climáticos do BEI na América Latina
Na América Latina, o BEI tornou-se num grande promotor das energias renováveis, tendo firmado projetos no valor de mais de 840 milhões de euros nesta região entre 2013 e 2018.
A mitigação e adaptação às mudanças climáticas é a principal prioridade do BEI na região, onde os projetos apoiados por este banco dizem respeito ao meio ambiente, especialmente no sentido de reforçar as energias renováveis, a eficiência energética e sistemas de transportes públicos sustentáveis. Os projetos relacionados com a adaptação às mudanças climáticas implicam na modernização das infraestruturas existentes para serem mais resistentes a padrões climáticos mais voláteis e imprevisíveis, preparando-as para impactos diretos e indiretos.
O BEI é a instituição de financiamento a longo prazo da União Europeia detida pelos seus Estados-Membros.O BEI concede financiamento a longo prazo para investimentos sólidos, com o objetivo de contribuir para os objetivos políticos da UE.2018: Número recorde de operações do BEI na América Latina – relatório disponível aqui.
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Fonte: www.osetoreletrico.com.br